Fim de ano é um período marcado por celebrações, viagens, confraternizações e mudanças bruscas na rotina. Apesar do clima festivo, essa época também registra um aumento significativo nos casos de infarto e outras emergências cardiovasculares. Diversos estudos mostram que dezembro e janeiro concentram mais internações por eventos cardíacos, e entender o motivo é fundamental para prevenir.
O principal fator é a soma de estresse emocional, excesso de comida e álcool, noites mal dormidas e interrupção de medicamentos. Muitas pessoas viajam, mudam horários, pulam doses dos remédios ou se expõem a situações de estresse que elevam a pressão arterial e a liberação de hormônios que sobrecarregam o coração. Além disso, alimentos muito gordurosos e o álcool aumentam triglicerídeos e favorecem processos inflamatórios que podem desestabilizar placas de gordura já presentes nas artérias. O clima mais quente, comum no Brasil nessa época, contribui para desidratação, que também pode elevar a pressão e aumentar o risco de eventos.
Outro ponto importante é que sintomas iniciais muitas vezes são ignorados. Muitas pessoas evitam procurar atendimento para não “estragar a festa”, atrasando o diagnóstico. Esse atraso aumenta mortalidade e complicações.
Para reduzir riscos, é essencial manter o uso regular dos medicamentos, especialmente para hipertensão, colesterol, anticoagulação e diabetes. Dormir bem, evitar exageros em gordura, sal e álcool, hidratar-se durante todo o dia e realizar pausas para descanso são atitudes simples que fazem diferença. Outro passo importante é não abandonar a atividade física; caminhadas leves ajudam a controlar pressão, glicemia e estresse. Por fim, qualquer sinal de alerta como dor no peito, falta de ar, palpitações ou mal-estar súbito deve ser avaliado imediatamente.
Cuidar do coração no fim de ano é garantir que os novos ciclos comecem de forma saudável e segura.
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