Cidades Inteligentes e Acessibilidade

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A tecnologia tem ganhado muito espaço na nossa vida cotidiana, e os programas de ” Cidades Inteligentes” espalham-se pelo país!
Cidades inteligentes, ou “smart cities”, são centros urbanos que utilizam tecnologias avançadas e inovação para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e a eficiência dos serviços públicos. A proposta das “Cidades inteligentes ” é sim , muito boa e necessária! Mas, o que hoje coloco em reflexão é o seguinte: “Não adianta termos tecnologia avançada, se não houver suporte técnico humanizado! Não adianta termos a tecnologia ao nosso favor, se formos agir como ignorantes! Sim, ignorantes, esquecendo que vivemos em um país com mais de dois milhões de pessoas com deficiência, e com o triste dados do Censo Demográfico de 2022 que mostra, que dos 163 milhões de pessoas de 15 anos ou mais, 11,4 milhões não sabem ler. Assim, a taxa de analfabetismo desse grupo foi de 7,0%. As cidades que inclinam-se nas tecnologias para o atendimento ao público devem considerar tais dados e propor meios de acessibilidade a esses grupos.
As Cidades Inteligentes devem antes de tudo garantir o atendimento humanizado, garantindo a acessibilidade aos grupos vulneráveis, e com pessoas capacitadas para atendimento eficiente e de qualidade! Além dos grupos já mencionados temos também os idosos e outros cidadãos dos grupos minoritários: indígenas, negros, imigrantes, pessoas de baixa renda que em muitos casos não têm acesso a internet, e consequentemente, não acessam computadores e celulares inteligentes ( smartphones), sim essa realidade existe! E precisa ser considerada dentro dos programas de “Cidades Inteligentes ” pois os serviços públicos precisam estar de fácil acesso a todos os cidadãos.

Diana Vale
Letróloga