Poucos sabem, mas existe uma conexão direta entre o intestino e o cérebro, chamada eixo intestino-cérebro. Esse “diálogo” acontece por meio de substâncias químicas, como neurotransmissores, e também por sinais enviados via nervo vago. Estima-se que cerca de 90% da serotonina, neurotransmissor do bem-estar, seja produzida no intestino. Quando há desequilíbrio da microbiota, a produção dessas substâncias pode ser comprometida, favorecendo sintomas de ansiedade, depressão, irritabilidade e alterações no sono. Além disso, a inflamação intestinal crônica pode afetar diretamente a saúde cerebral. Pacientes que relatam desconfortos digestivos constantes muitas vezes também convivem com fadiga mental e baixa disposição. Estratégias nutrológicas que incluem alimentação anti-inflamatória, probióticos específicos e ajuste de nutrientes-chave, como magnésio, vitamina D e ômega-3, têm mostrado benefícios não só na saúde intestinal, mas também no equilíbrio emocional. Mais do que nunca, está claro que cuidar do intestino é uma forma poderosa de proteger a saúde mental. O bem-estar começa no prato e se reflete no corpo e na mente.
