Economia & Educação

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Segundo recentes dados do Banco Mundial, a renda per capita em dólares do Brasil em relação à dos Estados Unidos, em 1980, era 39%. Em 2013, ficou equivalente a 30,5%; em 2018, a relação caiu para 25,8%. Somos a 75ª nação do mundo em renda per capita e uma das mais desiguais. O Brasil deve acelerar o crescimento e o desenvolvimento investindo em pessoas, oferecendo estudos que pudessem dispor de tecnologias, práticas e ensino de qualidade. A Educação continua deficiente, pois a metade das pessoas empregadas não tem carteira assinada e a metade das moradias não tem esgoto adequado.

Já fizeram a Reforma Trabalhista, a da Terceirização e estamos passando pela Reforma Previdenciária, todas com a promessa de geração de mais empregos e de um Brasil melhor. A OCDE acaba de divulgar um estudo sobre a classe média, dizendo que o crescimento econômico é mais forte em países onde a classe média é forte. Afirma que ao empobrecimento das classes médias no mundo estão o aumento de desemprego e o encarecimento da educação e dos tratamentos de saúde, enquanto a renda foi achatada por mais impostos e pela redução de salários.

Diante da necessidade em melhorarmos os processos da educação, o MEC, há pouco mais de dois meses, desenhou uma guerra cultural mandando os alunos cantarem o Hino Nacional, revisou a história brasileira quanto à intervenção militar, demissões de quase duas dezenas de servidores importantes, ações para impedir que adolescentes recebam educação sexual, intenções de ações para que os professores devam andar armados. Não é isso que se espera do MEC, e sim um plano de longo prazo, uma gestão especializada para discutir e implementar ações complexas e necessárias ao desenvolvimento do Brasil – a 8ª economia do mundo e ao mesmo tempo a 30ª em educação.

Enquanto isso, as fábricas brasileiras produzem muito abaixo da capacidade, com pessoal muito reduzido. A economia continua travada e a maior parte da indústria de transformação opera em nível inferior dos tempos da Dilma. Essa estagnação é atribuída ao baixo consumo das famílias, resultante do alto nível de desemprego que vem aumentando apesar das garantias deste governo que tudo melhoraria, mas não clarearam os horizontes como prometeram.

Ouve-se sobre montagem de CPI das Universidades, o pretenso fim dos cursos de Filosofia e Sociologia, a negativa em dar acesso e blindar os dados sobre a Reforma da Previdência. Também assustou a intervenção no Banco do Brasil, ao retirar uma propaganda que buscava clientes mais jovens e de diversificação cultural. Parece que se passa por um momento na história do Brasil de restrições e proibições e interferências na economia e na sociedade.

A metade da população brasileira é esclarecida e consciente da sua participação em educação, saúde e consciência política, dispostos a viver num mundo equilibrado, livre e globalizado. Os governos passam, e as pessoas com cada vez mais conhecimentos e consciência política, econômica e social, mesmo reprimidas, expandem-se e proliferam em busca de um ambiente profícuo e proveitoso para todos.