2023: civilidade e desenvolvimento

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A previsão para o Brasil, ainda em 2022, é torcer nesta Copa do Mundo, celebrar o Natal que se espera que seja feliz para todos, festejar o Réveillon, e para muitos, usufruir as férias. O novo presidente tomará posse em 1º de janeiro de 2023 em clima mais pacífico que ora se atravessa: é o que se precisa. A obra prima do Estado é a felicidade das pessoas.

Não se pode mais aceitar bloqueios em estradas porque não menos que a metade da população não concorda com o resultado das eleições. No Mato Grosso, pai que defendia Bolsonaro foi levar o filho de 9 anos para realizar cirurgia de emergência para salvar o olho ele, e foi impedido de passar as barreiras. Em Goiás, outro bloqueio retardou o envio do coração que seria implantado em paciente, em São Paulo. Em Rondônia, mulher foi impedida de ir ao funeral da mãe e, novamente em Mato Grosso, ônibus de alunos que realizariam o Enem foi impedido de prosseguir.

Não é aceitável ver brasileiros amontoados rezando em muros de quartéis pedindo a volta da ditadura militar; gaúchos de Porto Alegre, em círculo, com lanterna de celular no alto da cabeça chamando extraterrestres para trocar a alma de Bolsonaro no corpo de Lula; e população anestesiada, em transe, cantando o Hino Nacional para um pneu. É loucura?! Não adianta derrotados de urnas contestarem resultados porque seu ‘ídolo’ fracassou: acabou.

Bolsonaro e Costa Neto, presidente do PL, entraram com ação no TSE pedindo para anular mais de 200 mil urnas, justamente aquelas em que Bolsonaro perdeu. Eleitores bolsonaristas parecem torcedores apaixonados que ainda vivem exacerbada campanha eleitoral com mensagens de ódio e fake news. É preciso que o Brasil retorne aos pressupostos civilizatórios, sem direito de criar falsas narrativas e com direito à opinião, porém, sem falsidades. Mentir é errado!

Os últimos quatro anos foram difíceis. Chegou o momento de o Brasil virar a chave e retornar à normalidade: a partir de janeiro, o novo governo deverá ser transparente, proporcionar diálogo, reconstruir ‘pontes’ à civilidade, ao crescimento e ao desenvolvimento econômico. Cobranças fazem parte do jogo democrático; espera-se, enfim, que brasileiros, principalmente os mais vulneráveis, vivam o bem-estar social, recuperem a ascensão social e reforcem a democracia.

 O novo governo deve fortalecer democracia, respeitar instituições e apresentar agenda ambiental de vanguarda que aponte fortemente ao desenvolvimento da economia verde, cujo país possa captar recursos para investimentos e reconstruir o parque industrial. Entretanto, sabe-se que a desigualdade no Brasil é enorme, e o divisor de águas na eleição foi a defesa da democracia que devolve a normalidade ao país. O Brasil voltará aos trilhos!