A volta dos camisas pretas

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A ascensão da extrema direita no mundo traz o alerta sobre o ressurgimento do fascismo, de filosofia que defende bandeiras como o cerco à imigração, da defesa da família tradicional e da liberação das armas. Criado por Benito Mussolini, na Itália, em 1919, foi o primeiro regime autoritário do século XX e sua ascensão foi rápida; e logo conquistou Hitler, admirador de Mussolini e descrito como fascista pelos jornais alemães ainda na década de 1920. O fascismo é sinal de clima de ódio e raiva num país doença da democracia e decadência de regras democráticas.
O Brasil vive um momento diferenciado dos últimos 35 anos e regrediu-se ao período da “intervenção militar”: há uma repressão velada e sabe-se que os altos funcionários públicos não são tão honestos e equilibrados como se pensava. Na última semana noticiou-se que Rodrigo Janot, então Procurador-Geral da República, compareceu à sessão do Supremo Tribunal Federal armado com intenção de matar o Ministro Gilmar Mendes e depois se suicidar. Janot declara que as intenções de assassinar o ministro deve-se às insinuações que ele fizera sobre sua filha Letícia, advogada da empreiteira OAS. Rodrigo Janot foi Procurador Geral da República entre 2013 a 2017.
Janot demonstrou sérios problemas de desequilíbrio e o episódio descrito acima chocou o mundo político e provocou reações de perplexidade. Janot desmoraliza o que se pensava sobre essas “autoridades superiores” e tudo o que se produziu enquanto estava na cadeira número um do Ministério Público. Assustam também as revelações do Intercept Brasil demonstrando irregularidades gritantes do então Juiz Sérgio Moro e do Procurador Federal Deltan Dallagnol colocando, sob suspeita, suas atitudes e decisões. Que país é esse? Como essas pessoas tomaram conta do Brasil? Janot confessa que Temer lhe pediu que não processasse Eduardo Cunha e outros favores impublicáveis; e o pior, Janot diz à Revista Veja, edição 2654, que Dilma Rousseff não cometeu crimes e que sofreu o processo de impeachment injustamente.

Enquanto o povo é dirigido por autoridades enlouquecidas ou corruptas, o IBGE informa que há 38,8 milhões de pessoas atuando no mercado informal porque não existe emprego para esses trabalhadores. Há mais de 13 milhões desempregados que ainda estão procurando emprego, e outros 15 milhões que já desistiram de procurar emprego. Esses dados são assustadores. Paulo Guedes parece perdido na condução do Ministério da Economia, demonstrando não saber sair da enrascada que meteu o Brasil seguindo teorias e ações neoliberalistas.

O discurso de Bolsonaro na ONU foi assustador; o Ministro da Educação mostra-se contra as instituições federais da Educação; o PIB está caindo; o crescimento está abaixo da crítica; dólar equivale a R$ 4,17; todo parque fabril brasileiro à beira da falência; há queimada nas florestas; e o governo debocha das políticas do meio ambiente pactuado com autoridades mundiais. O governo está vendendo empresas públicas a preço de banana, e as pessoas que foram eleitas não estão preparadas para governar o Brasil: estão apáticas, perdidas e não sabem o que fazer. O que está acontecendo com o país? Enquanto isso, Bolsonaro faz juras de amor a Trump.

Está na hora do povo brasileiro, verdadeiro dono desta terra, tomar a frente e demonstrar que a ama: não quer o comunismo, mas também não quer entregá-lo ao capital estrangeiro. É preciso mostrar-se fortes em defesa à educação, à saúde, à indústria brasileira, à segurança pública e à lucidez de líderes que saibam levar o país ao crescimento e ao desenvolvimento. Ao final do governo Dilma, desde da posse do Temer, o Brasil vai ladeira abaixo! Não há perspectivas de melhoras nos próximos dois anos. É um absurdo entregar o país aos estrangeiros, deixar a indústria quebrar e impedir tal desigualdade crescente entre os brasileiros. É preciso lutar pelo Brasil! O fascismo é o sinal do clima de ódio e raiva num país; é doença da democracia; é decadência de regras democráticas. Abaixo aos fascista, os camisas pretas que estão arruinando o Brasil. O povo precisa de empregos, educação, saúde, crescimento, desenvolvimento e líderes fortes que saibam conduzir o Brasil!