Abandono paterno, as marcas deixadas nas mães e filhos que também devem ser consideradas formas de violência

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Mais de 2 milhões de mulheres brasileiras são mães solo, esse número cresce a cada dia, são mulheres que criam seus filhos com todo amor do mundo, mas extremamente sobrecarregadas e acusadas principalmente pela sociedade. Geralmente se sentem culpadas pela escolha do pai dos filhos por que a sociedade cobra que elas saibam escolher, mas como cobrar de uma pessoa sobre caráter? Como cobrar algo que não deveria ser cobrado? O problema é que o abandono causa feridas nos filhos, feridas essas que anos de terapia muitas vezes não suprem, tornando pessoas emocionalmente instáveis, problemáticas, e que provavelmente terão na vida adulta problemas de relacionamento em todos os setores da vida. Agora me digam não é uma violência? Saber que você vai se tornar responsável pelo adoecimento emocional de uma pessoa ao longo de toda sua vida não é uma violência? Acredito que a lei deveria incluir além da pensão obrigatória , uma indenização por abandono afetivo e é claro um dano moral, veja bem eu não sou estudante de direito , muito menos advogada, porem penso que , em alguns casos a negligencia paterna deveria ser vista sim como um dano moral, pois gera constrangimento ao filho que muitas vezes não é reconhecido pelo pai, a mãe que por diversas vezes é colocada em situações de julgamento e situações vexatórias enfim há toda uma situação que caberia muito bem um processo, pois a maioria das pessoas aprendem apenas quando lhes dói o bolso.

Quando o abandono parental acontece, a criança não consegue compreender a intenção do pai ou da mãe, ou entender os seus sentimentos em relação a ela. Assim, sente uma variedade de emoções negativas, que passam a ser parte de seu ser. O sofrimento da criança abandonada pode ocasionar deficiências no seu comportamento mental e social para o resto da vida, a criança pode se isolar do convívio de outras pessoas, apresentar problemas escolares, depressão, tristeza, baixa autoestima, além de problemas de saúde.

Freud (1925-1926 apud Fortes, 2008, p. 28) descreve que “o desamparo é associado ao medo da perda do amor do ser que ocupa a função de protetor. Dada a dependência do sujeito, o perigo maior é o de ser abandonado, deixado à própria sorte e ao próprio desamparo”.

Há a grande necessidade da sociedade a aprender a cobrar do homem que exerça a função correta quando se gera um filho, deve se ter a responsabilidade para que não aconteça situações repetitivas , pois há claramente um padrão , hoje em dia na sociedade o que mais vemos são adultos quebrados repetindo padrões de comportamento e isso tem que mudar de forma alguma a responsabilidade deve ficar apenas a mãe , por que gera, e sim a carga dividida pois um ser é gerado por duas pessoas e não apenas por uma.

E sobre a mulher principal tema do texto não se culpe muitas vezes por não dar um pai ideal para seus filhos, tenha a certeza de que está fazendo seu melhor.

A qualquer tipo de violência não se cale denuncie.