Colégio HBC: 35 anos de evolução com a Comunidade Escolar palmense

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 Os trinta e cinco anos do Colégio Hercílio Boeno de Camargo possuem inúmeras histórias, contadas por milhares de vozes. São pais, professores e alunos que deixaram sua marca mais fiel na Escola. Mas sem dúvidas uma das vozes mais emocionadas é a da Coordenadora Pedagógica do Ensino Fundamental I, professora Ines  Busatta Rampazzo. Ela conta que começou como professora na Educação Infantil e depois recebeu o convite para ser a coordenadora do Ensino Fundamental I, há 22 anos. 

Tia Ines, como é carinhosamente conhecida pela Comunidade Escolar, lembra que tudo começou com a Pré Escola Pingo de Gente “porque eram criancinhas pequenas, pinguinho de gente”, sendo incorporada à Pré Escola Casinha Feliz. Foi em 1992 que tiveram início as atividades da Escola Hercílio Boeno de Camargo – Ensino Pré Escolar de 1º Grau. “O crescimento da Escola HBC foi muito rápido, até chegar no Ensino Médio e hoje essa fortaleza familiar que educa nossa Comunidade Escolar”, alegra-se. O nome da escola vem de seu Patrono, Hercílio Boeno de Camargo, pai do diretor, Antônio Boeno de Camargo. “Ele doou o terreno e a casinha que deu o início deste sonho, hoje uma grande realidade.’’
Em abril de 1996 a professora Soraya Alvez Bueno transmite a direção da Escola para a professora Sandra Maria Mendes Marin (in memoriam). Segundo a professora Ines o Colégio HBC realizava muitos eventos, além de viagens de estudo, mas com a Pandemia este processo teve uma pausa. “Chegavam a sair cinco ou seis ônibus da frente do Colégio, sendo que cada série tinha todos os anos a viagem para um local fixo. Assim em cada ano os alunos iam para locais diferentes, sempre com o intuito de buscar conhecimento, indo a campo, pesquisando e trazendo novas informações”, relata lembrando que era uma grande responsabilidade. Outra lembrança que a Coordenadora traz é sobre como eram feitas as colações de grau com jantar e baile em grande estilo.


Tia Ines lembra também sobre a parte artística. “Sempre teve a dança, a Escola realizava uma Mostra muito linda, era um acontecimento na cidade”, alegra-se.

Sobre a busca pela autonomia dos alunos, a Educadora conta que a Escola dispõe atualmente de TVs, aplicativos, robótica, “o Colégio sempre foi muito preocupado com a aquisição do conhecimento, mas a questão humana sempre andou junto, afinal, quando se fala em HBC, lembra-se que somos uma família, procuramos fazer da Escola a extensão da família, não só na questão humana mas com o cuidado na aquisição do conhecimento”, frisa. Ela ainda lembra com carinho que todas as professoras e professores eram chamados de tios. “Hoje eu sou a única “tia”, eu e o seu Lileu, carinhosamente chamado de “Tio Leleu”. Ela traz com ênfase que uma das maiores preocupações do HBC é a questão humana. “Valores, família, conhecimento, acolhimento, enfim, a adaptação de alunos que chegam no colégio é rápida, a criança que chega aqui é vista como se fosse nosso filho, somos responsáveis, não pela responsabilidade como diz a palavra, mas porque amamos esse trabalho para com as crianças como se fossem nossos filhos e assim queremos que eles vivam com o mesmo cuidado que temos para com nossos filhos” destaca dizendo que o bem-estar dos educandos é uma preocupação do Colégio HBC desde o início. “A essência da Escola permaneceu, mesmo com a evolução tecnológica”, orgulha-se.

Outras lembranças da Coordenadora se remetem às atividades extracurriculares. Ela conta que a Escola sempre priorizou estas atividades, desde as Artes ao Esporte e à espiritualidade. “Somos uma Escola Laica, não puxamos para uma doutrina religiosa, mas fazemos a reflexão independente. Quando oramos, fazemos um agradecimento a Deus e não trazemos conceitos específicos das doutrinas religiosas, para que ninguém se sinta excluído”, observa lembrando que no período da Páscoa, era feito a famosa “Noite do Coelhinho”, uma espécie de noite do pijama em que as crianças dormiam na Escola, viviam atividades lúdicas à noite e no amanhecer os pais participavam de um café da manhã coletivo em que cada pai trazia algum alimento e partilhava. “A maioria dos pais se fazia presente e somos agradecidos, pois buscamos um consenso entre família e escola. 

ESPORTE: a coordenadora Ines lembra ainda que nesses 35 anos o esporte foi gigante, até a nível internacional. “Sempre incentivamos os esportes e com isso tivemos equipes disputando campeonatos dentro e fora do país, chegando a ir para a Argentina, Chile, Paraguai, entre outros.”. Ela lembra da realização pelo Colégio, dos Jogos de Inverno.
“Era feito como intercâmbios, em que quando as equipes de outras cidades e países vinham para Palmas, os atletas ficavam nas casas de nossos alunos e quando nós íamos para suas cidades, também eramos acolhidos em suas casas”.

Segundo a Coordenadora  Ines  esse é o jeito simples da Escola de fazer Educação cuidando dos seus alunos. “A escola busca o maior número de atividades para que seja de fato a segunda casa, para que os pais não precisem procurar fora as atividades extracurriculares que a Escola pode ofertar”. 

Outro aspecto lembrado é sobre a união entre o corpo docente (professores), corpo discente (alunos) e também com os pais. “Em vinte e cinco anos que estou aqui, pensando em me aposentar, isso faz parte da minha vida. Às vezes encontro os profissionais formados aqui, até no Ensino Médio e foram buscar sua profissão, uma cardiologista, foi minha aluninha no Pré, outra hoje é dentista, outra é médica, "eles eram pequenos, vão crescendo, a gente vai envelhecendo, somos reconhecidos por eles mas não os reconhecemos, o importante é saber que do tempo em que a Escola iniciou até hoje, temos muitos profissionais na sociedade, ajudando nossa Comunidade a crescer e se desenvolver”, finaliza.

Fonte: 
Jocemar Ferreira da Silva e Rodrigo Kohl Ribeiro
Com informações da Coordenadora Ines