Contagem regressiva

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A economia brasileira está no caminho errado! Como se previu há dois meses, a taxa de juro (SELIC) subiu para 12,75%; a inflação, 12%. Inflação, taxa de juro, custo de vida e educação são os temas mais problemáticos em 2022. Desde a posse de Temer, em 2016, não há política econômica no país. Os candidatos à presidência ao pleito de outubro precisam discutir os problemas econômicos e sociais do Brasil.
Sabe-se que expor planos e discuti-los é ainda mais importante quando economia está emperrada, preços subindo semanalmente, juro explodindo, parque industrial brasileiro retrocedendo a cada ano e dívida pública crescendo diariamente. O Brasil, neste momento, está despreparado para avançar porque investimentos em infraestrutura, obras civis, máquinas e equipamentos estão muito aquém do necessário.
O atual governo encerrará seu mandato de forma desastrosa tanto em economia como em social, ambiental e ordem democrática. O próximo presidente encontrará situação caótica e terá que trabalhar muito para tirar o país do atoleiro. Bolsonaro lava as mãos à pobreza, à inflação, à recessão, à fome, à saúde, à educação, à queda de renda, a taxas de juro, ao desemprego e as 666 mil mortes pela COVID-19!
Existe um surto inflacionário no mundo que está sendo combatido por meio de endurecimento de políticas monetárias conduzidas por bancos centrais em diversos países. Uma das estratégias utilizadas é a elevação das taxas de juro, fato constatado que não funciona como na teoria. No Brasil, o ritmo da economia já é fraco e a estimativa de crescimento neste ano não chegará a 1%. Não será fácil reverter o legado de destruição de Bolsonaro.
O Brasil precisa de paz para se desenvolver! Nenhum problema atual pode ser devidamente superado em um ambiente de constante crise fomentado por Bolsonaro, obcecado por se manter no poder, mesmo que isso destrua a democracia. Não há espaço à ingenuidade ou à omissão por parte daqueles que têm obrigação de defender instituições do Estado democrático de Direito e Constituição de 1988.
Bolsonaro violou a Constituição quando anunciou, em 5 de maio, que as Forças Armadas tutelarão as eleições. A Lei 1079/1950 diz que “incitar militares à desobediência à lei ou infração à disciplina”. Além disso, anunciou que seu partido, o PL, contratará uma empresa para auditar as eleições e aí, incorre contra o artigo 7º da Lei 1079/1950 “Utilizar o poder federal para impedir a livre execução da lei eleitoral”. Bolsonaro está perturbando as eleições e criando um clima de desconfiança e caos para que, na possibilidade de perder, não aceite os resultados e coloquem às ruas militares que ainda não entenderam que devem ficar ao lado do Brasil e não de Bolsonaro.
A proposta de apuração paralela das eleições pelas Forças Armadas é ensaio para o golpe! É isso que se quer? É contagem regressiva: ainda faltam cinco meses.