Operação utiliza sistema de informação georreferenciada para assegurar segurança para os produtores e a qualidade dos alimentos
Neste mês de outubro, a Regional Pato Branco do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crsea-PR) deflagrou a Operação de Intensificação da Fiscalização nas culturas temporárias, como plantações de soja e milho, nos municípios do Sudoeste. Os fiscais do Conselho estão visitando propriedades rurais para verificar a efetiva participação dos responsáveis técnicos nos processos produtivos.
O gerente da Regional Pato Branco do Crea-PR, Engenheiro Diogo Colella, explica que a fiscalização foi intensificada neste mês, mas que continuará ocorrendo nos próximos meses. Até o dia 18 de outubro, 180 propriedades de 25 municípios já haviam sido visitadas.
“A expectativa é chegar aos 42 municípios até o final da operação, com volume próximo a 300 fiscalizações. A intenção é fazer a diferença na comunidade, com método pautado na assertividade. Usamos o SIG (Sistema de Informação Geográfica) para tanto. Todas as ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica), os convênios e os dados de fiscalizações anteriores são colocados em mapa georreferenciado”, detalha Diogo.
A Regional do Crea-PR também conta com convênios com Adapar, Seab, Emater e Iap e aproximação de Conselheiros e Inspetores com outros órgãos ligados ao agronegócio. “O objetivo é garantir a assistência técnica adequada para a agricultura comercial e, consequentemente, contribuir para a produção de alimentos de qualidade, com o correto manejo do solo e dos insumos, conservação e sustentabilidade”, complementa o gerente.
As propriedades que estão sendo visitadas foram selecionadas segundo alguns parâmetros, como histórico, tipo de cultura e tamanho da área. Orley Jair Lopes, Engenheiro Agrônomo de Francisco Beltrão, gestor estadual de fiscalização na Câmara Especializada de Agronomia (CEA) do Crea-PR, salienta que foi realizado levantamento junto aos Conselheiros e entidades de classe sobre as demandas para atuação prioritária.
“Após a triagem, foram selecionadas cinco áreas com prioridade, uma delas a de culturas temporárias. No caso, a fiscalização segue roteiro com indicações e parâmetros definidos pela CEA e busca orientar os produtores rurais”, acrescenta Orley.
Os fiscais verificam se o empreendimento rural conta com assistência técnica, quem é o responsável, se está registrado no Crea-PR e se emitiu ART. “Nos casos em que os
produtores não contam com responsável técnico, são orientados a buscar profissionais no Estado, iniciativa privada, associações ou cooperativas. A presença dos Engenheiros Agrônomos e dos técnicos agrícolas (dentro dos limites e atribuições cabíveis), contribui para melhorias no campo, com a adoção de tecnologias e procedimentos que resultam em benefícios para o produtor e a sociedade”, destaca Orley Lopes.
A Inspetora-chefe da Inspetoria de Pato Branco do Crea-PR, Engenheira Agrônoma Marlene Ferronato, informa que a fiscalização tem caráter preditivo, para zelar pela segurança dos agricultores e das pessoas que consumirão os alimentos.
“As vistorias buscam a realização dos interesses social e humano. As propriedades têm que contar com profissionais habilitados para o serviço, pois estão preparados para cuidar do aproveitamento dos recursos naturais, da utilização dos insumos de forma racional, do controle químico e da preservação do meio ambiente.”
“Se as culturas temporárias de grãos estão sendo feitas racionalmente, está se protegendo a sociedade. Um dos papéis do Crea é prevenir e educar, tanto o profissional quanto os produtores, em benefício de todos”, finaliza Marlene.
Fonte: Assessoria
