Hipertensão Arterial: Consequências e os efeitos da atividade física para a melhora da qualidade de vida

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A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), é uma doença crônica não transmissível caracterizada por um desequilíbrio entre pressão sistólica e diastólica, ela por estar em desequilíbrio provoca no indivíduo a necessidade de um esforço maior do músculo cardíaco. Sendo considerado um dos fatores causadores ou que agravam o problema, tanto a inatividade física, quanto o sedentarismo, podem ser evitados.
A Hipertensão pode acometer pessoas em todas as fases da vida, de qualquer classe social e, infelizmente os sintomas são perceptíveis, na maioria das vezes, somente nas fases mais avançadas, ou quando a pressão já está aumentada de maneira exagerada.
Tendo sua origem em fatores hereditários e em fatores ambientais, como: obesidade, sedentarismo, alcoolismo, estresse, tabagismo, sono e alimentação de má qualidade. Ela está relacionada ao desenvolvimento de doenças cardíacas, aumento da gradatividade aterosclerose, AVC (Acidente Vascular Cerebral) ou AVE (Acidente Vascular Encefálico), insuficiência cardíaca, insuficiência ou paralisação dos rins, hipertrofia do ventrículo esquerdo, aneurisma aórticos, doenças vasculares periféricas, arritmias, infarto, angina, diminuição da visão, desenvolvimento da demência, além de acelerar o declínio cognitivo e piorar a memória de pessoas adultas, se não tratada pode levar o indivíduo a óbito. Ou seja, é muito grave.
Segundo Robergs e Roberts (2002, p. 434), “O exercício pode proteger e ser um tratamento eficaz para a hipertensão, aumentando o número de capilares do músculo esquelético e diminuindo, portanto, a resistência ao fluxo sanguíneo, melhorando a regulação neural dos vasos sanguíneos que também reduziram a resistência periférica ou reduzindo o trabalho do coração no repouso e durante o exercício.” Desta forma, é possível, através da atividade física, restaurar a saúde dos efeitos nocivos que a rotina estressante que o dia-a-dia produz, como diminuição da ansiedade, proporcionar o relaxamento e o aumento do bem estar, redução do estresse, melhorar a qualidade de vida, e maximizar os efeitos benéficos para a saúde. A realização de exercícios prolongados de baixa intensidade (aeróbicos), é recomendada como um método não farmacológico para diminuir a hipertensão, além de ser mais eficiente em baixar a pressão arterial do que exercícios de alta intensidade, no entanto não é possível reverter uma hipertensão acentuada apenas com exercícios físicos. Sendo necessária a orientação de dois profissionais para as ações serem mais efetivas; médico especialista e professor de Ed. Física.
Atividades de endurance como correr, caminhar, pedalar, nadar, pular corda, são alguns exemplos, a Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda que os indivíduos hipertensos iniciem um programa regular de exercício físico, os mesmos devem ser de intensidade moderada, de três a seis vezes por semana, em sessões de 30 a 60 minutos de duração, realizados com frequência cardíaca entre 60% e 80% da máxima ou entre 50% e 70% do consumo máximo de oxigênio. Por outro lado, exercícios de treinamento de força máxima com cargas elevadas, são contraindicados por causa do risco de aumento da pressão durante as contrações, mas se estes forem realizados com baixos valores de resistência e com padrões da respiração adequada, utilizando como um complemento ao treinamento de endurance e não estiverem como atividade principal, pode ser benéficos para pessoas que precisam prevenir e até tratar a hipertensão arterial são ótimos.
O acompanhamento clínico com especialista, para manter a pressão arterial sob controle, fazendo o uso de medicamentos caso seja necessário, e o mesmo serve na realização da atividade física, o qual deveria ser acompanhado do educador físico para a prescrição de exercícios e atividades, monitorando a intensidade dos exercícios, instruindo-o para realização dos movimentos corretos para prevenção de lesões.
Referências:
ROBERGS, R; ROBERTS, S. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO: para aptidão, desempenho e saúde, 1 ed., São Paulo, Phorte Editora, 2002.
Guedes, NG; Lopes, MVO. EXERCÍCIO FÍSICO EM PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL: uma análise conceitual. Rev Gaúcha Enferm, 367-374, Disponível em: Acesso em: 12 out. 2022.
NOGUEIRA, I. et al. EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NO CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL EM IDOSOS: uma revisão sistemática. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol, Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: Acesso em: 12 out. 2022.
SILVA, RS et al. Atividade física e qualidade de vida. Ciência & Saúde Coletiva. Disponível em: Acesso em: 12 out. 2022.
Artigo desenvolvido no Componente Curricular: Fisiologia do Exercício do Curso de Ed. Física do Instituto Federal do Paraná – campus Palmas-PR
Docente responsável: Aluísio Menin Mendes