João Pimenta

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Para o bom enxadrista, um movimento no tabuleiro é tudo: enquanto a oposição se organiza, a situação parece confusa em suas estratégias

Digo isso devido aos últimos acontecimentos. Essa semana foi ao ar uma entrevista de Kosmos na imprensa local. Deixando muito claro ser estrategista – dizendo-se jogador de xadrez, ele revelou nas entrelinhas várias facetas que podem ser utilizadas no “tabuleiro” da política palmense. Fez menção a ser inteligente, em alusão ao jogo de astúcia. Mas a primeira relação com a metáfora por ele utilizada é que, no jogo de xadrez, os jogadores utilizam como estratégia sacrificar seus peões para defender a rainha, com a nítida finalidade de blindar o rei.
Vestindo camisa da marca francesa Lacoste, chegou a dizer na entrevista que um pobre pode ser prefeito, referindo-se a ele mesmo, quando todos sabem que ele só anda com carros de quase meio milhão de reais. Se foi pobre um dia, já faz mais de oito anos. Nessa linha de pensamento e por analogia ao jogo, as “torres”, “cavalos” e “bispos” que se virem. Agora, tem uma coisa no xadrez que Kosmos não deve ter lembrado. Ao encostar a mão em uma peça, é com esta que deve ser feito o movimento. Quando se faz menção em jogar com os cavalos, não se pode voltar atrás. Mas ele pareceu arrependido e a fim de recuar no jogo político.
“Peões” e “cavalos” já foram sacrificados. E o que dizer das “torres” e “bispos”? “Cantei essa pedra” semana passada dando nomes e quem for meu leitor assíduo vai lembrar. No xadrez, ou se usa das torres e protege-se os bispos ou o contrário, afinal, depois que uma peça é capturada pelo opositor, não tem mais volta, mas no jogo da política palmense Kosmos pareceu querer “retomar uma peça” que praticamente perdeu, fato evidenciado em outra entrevista à imprensa local.
Se pudéssemos dar “nomes aos bois”, diríamos que o jogador “exímio” praticamente usou os “cavalos” deste “tabuleiro” da vida real para “sacrificá-los” em seguida. Quer dizer que quem conseguir o repasse de R$ 1 milhão é beneficiado com um cargo? Ou apenas é usado de forma descartável, como em um conto de Nicolau Maquiavel? Sinceramente, na humilde opinião deste jornalista, acredito que o jogador esteja usando e descartando todas as peças. Os “peões” já foram. “Cavalos” também. E as “torres” e “bispos” estão à beira do “cheque”. No final, antes de um “cheque mate”, será que lhe restará mesmo só a “rainha”?
Em sua entrevista, Kosmos disse ainda que pode apoiar qualquer jogador, mas, cá entre nós, alguém quer o apoio dele?

Atenção: esta coluna é escrita e editada pelo jornalista Rodrigo Kohl Ribeiro MTB: 18.933, de sua inteira e irrestrita responsabilidade. Qualquer sugestão ou crítica, pode ser enviada para o e-mail joaopimentadepalmas@gmail.com ou pelo WhatsApp 46 98820-4604