João Pimenta

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Das voltas que o mundo dá, Palmas parece um planeta à parte

Três grupos disputaram a prefeitura de Palmas em 2016. Já em 2020 foram seis. Seguindo essa sequência matemática, a contar pelos nomes que vão surgindo (já perdi as contas), acho que a multiplicação por três pode seguir. Até agora foram cogitados uns nove nomes, mas há quem diga que tudo se resumirá em três candidatos à prefeitura.
Então por que as pessoas estão colocando seus nomes à disposição? Talvez para serem valorizados dentro dos grupos. Tudo são suposições, mas considerando que tem gente que chegou a dar entrevista dizendo que tem 90% de chances de não concorrer, ainda podemos esperar o surgimento de mais pessoas interessadas em candidatar-se a prefeito? E se acontecer, no final, qual a proporção de percentual de votos poderá somar o vencedor?
Todas essas perguntas estão ainda sem resposta. Prestes a fechar a janela para mudança de partido (a data limite é 6 de abril) a dança das cadeiras continua girando.
Tem gente anunciada com toda a pomposidade como pré candidato a prefeito que lhe é de direito – dado o partido que o lançou e que de repente muda-se para outra sigla.
Tem lei pra isso? Não estou falando da legitimidade da mudança, mas talvez a lei da ética. Se muda o partido, continua como pré candidato? E mais: sai magoado e portanto com um novo projeto contra seu primeiro padrinho, ou entra com nova legenda para somar?
E o que dizer daquele partido cujos vereadores debandaram para outra legenda?
Troca-se de casa e rompe-se com seu presidente sem aviso prévio ou tudo faz parte de um plano conspiratório? E mais: qual o nível ético de todas essas tratativas? Quem sempre foi contra, agora embarca em um barco cuja viagem já dura oito anos, merece a confiança de quem acreditou que pudesse surgir a oposição capaz de representar uma mudança verdadeira nos rumos da cidade?
Direita, Esquerda, Centro ou lado nenhum? Pode um grupo ser composto por amigos durante quatro, oito anos e de repente tornarem-se inimigos pelo simples fato de não acreditarem mais nas mesmas apostas? O tabuleiro volta a se bagunçar, mas ao que parece, o “rei”, volta a ter o controle. Joga para fritar uns, prender outros e por fim, há quem diga que irá mesmo ganhar espaço para seu sucessor familiar na linha do trono, salvando a “rainha”.
Águas de março que o digam.

Atenção: esta coluna é escrita e editada pelo jornalista Rodrigo Kohl Ribeiro MTB: 18.933, de sua inteira e irrestrita responsabilidade. Qualquer sugestão ou crítica, pode ser enviada para o e-mail joaopimentadepalmas@gmail.com ou pelo WhatsApp 46 98820-4604.