Vereadores que apoiam prefeito de Palmas aprovam Nota de Repúdio contra Pedagogo Rodrigo Kohl Ribeiro

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Ele entrou vestido de um personagem com trajes gaúchos em um cavalo de brinquedo para usar a Tribuna Livre,
em homenagem ao Dia do Pedagogo. Segundo o vereador Marcos Gomes “Democracia existe dentro das casas
constituídas e também fora delas. É para todos, independente da função ou formação de cada cidadão.”

A última Sessão Legislativa da Câmara de Palmas foi marcada pela aprovação de um Requerimento proposto pelos vereadores Paulo Hercílio Dangui Bannake, Ana Maria da Rosa Serafim, Marco Aurélio Dutra e Nilson Butner: “Requer uma Nota de Repúdio ao Senhor Rodrigo Kohl Ribeiro, o qual denigriu a esta Casa de Leis, em seu uso da Tribuna Livre, na Sessão Ordinária do dia 23/05/2022”.

Na referida Sessão o Pedagogo fez uso da Tribuna Livre para falar sobre o Dia do Pedagogo, ocorrido em 20 de maio. E de fato foi o que ele fez. Mas de forma inusitada, em sua entrada, utilizando cerca de cinco minutos de seu tempo, fez uso do personagem teatral já conhecido da comunidade pedagógica, o qual, através de um cavalinho de brinquedo, fez alusão à questão lúdica para expressar seu protesto por áudios ofensivos espalhados pelo vereador Paulo Bannake sobre o trabalho do pedagogo e artista. Na sequência, despiu-se do personagem e deu continuidade em sua fala, muito elogiada por membros da categoria pedagógica a nível nacional.

Para comentar o requerimento, o vereador Paulo disse que foi um fato triste, lamentável e vexatório.   Disse que as pessoas de bem reprovaram o que ocorreu na Câmara de Vereadores, dando a entender que as pessoas que aprovaram são de mal. Misturando os assuntos, o vereador disse que o cidadão usou a Tribuna Livre para atacar sua pessoa. Desviando-se do assunto do Requerimento, fez alusão à atuação política do Pedagogo, dizendo não ter culpa se o povo não o quis por duas vezes como candidato a vereador. A redação do “Destaque Regional” lembra que o pedagogo fez 553 votos nas últimas eleições, ficando entre os nove mais votados da Casa, não tendo sido eleito por conta do quociente eleitoral de seu partido, criado recentemente na cidade. Em sua fala, o vereador Paulo ainda disse que  apresentações artísticas têm os locais adequados para serem feitas. Fez outras alusões fora do assunto do Requerimento e em seguida disse que a própria apresentação artística dele repercutiu na cidade e no Estado. “O mundo todo viu a palhaçada que ocorreu na Câmara de Vereadores”. Proferiu citações fora do contexto abordado no requerimento e finalizou. O vereador Marco Branco disse que qualquer cidadão tem o direito de usar a Tribuna Livre, mas a Câmara Municipal não é lugar de teatro. O vereador Nilson Butner disse que a Câmara não é lugar de palhaçada. “Aqui é uma casa de leis e vamos nos respeitar”, finalizou. 

O vereador Peterson Lobas disse que para ele não faz diferença a forma com que o Pedagogo se apresentou. “Já presenciei em outras legislaturas apresentações artísticas por parte de outras pessoas”, comentou dizendo que os vereadores Ana, Branco e Laco não deveriam se envolver nesse requerimento. Disse que sua posição em torno desse fato é que seja algo muito pessoal entre o vereador Paulo Bannake e a pessoa do Rodrigo Kohl Ribeiro que, quando usou ano passado a Tribuna Livre, teve as desavenças entre ambos”, comentou dizendo não ser a favor do requerimento. 

O vereador Marcos Gomes disse que na democracia não se deve escolher lugar. “Democracia existe dentro das casas constituídas e também fora delas. É para todos, independente da função ou formação de cada cidadão”, completou. Disse que o vereador Branco criticou a mesa diretora, mas não veio na Sessão referida e também não justificou sua ausência. “Antes de criticar a mesa e os integrantes da Sessão, o vereador deveria ter estado presente ou ter justificado sua ausência”, informou. Disse que o cidadão Rodrigo estava inscrito para falar na Tribuna sobre o Dia do Pedagogo e de fato se ateve a este assunto, independente da forma como ele se apresentou. “Em relação ao figurino, cada um que assistiu fez seu julgamento, lembrando que aqui é uma casa de discussões e não podemos negar a palavra”, finalizou.

O vereador José Maria de Araújo Perpétuo Filho disse que acompanha o vereador Peterson dizendo que essa briga não é da Câmara. “Ele não é uma pessoa desconhecida, ele faz teatro, ele é um ator, então eu vou ser contra esse requerimento”, finalizou.

Colocado em votação, com a ausência do presidente, professor José Adilson de Almeida, o Requerimento foi aprovado apenas com os quatro votos dos vereadores proponentes, tendo três votos em contrário e sendo isento o presidente em exercício.

Fonte: Jocemar Ferreira da Silva
com informações de Rodrigo Kohl Ribeiro
para o Jornal Destaque Regional