Por Dr. Suellen Criminacio, especialista em Nutrologia

Muitas pessoas buscam emagrecer e melhorar a saúde através de dietas populares, como a low-carb, cetogênica, mediterrânea e o jejum intermitente. Embora esses métodos possam oferecer bons resultados, é importante conhecer os riscos e os benefícios de cada um para garantir uma perda de peso saudável e sustentável.

1. Dieta Low-Carb
Reduz o consumo de carboidratos e aumenta proteínas e gorduras. Ajuda a perder peso rapidamente e controla a glicemia, mas uma redução excessiva de carboidratos pode levar à fadiga e queda de desempenho em exercícios. Recomendação: buscar um equilíbrio entre carboidratos complexos e proteínas magras.

2. Dieta Cetogênica

Essa dieta é muito baixa em carboidratos e alta em gorduras, levando o corpo a usar gordura como fonte de energia. Pode acelerar a perda de peso e é usada em casos específicos, como para controle de epilepsia. No entanto, restrições severas podem causar efeitos colaterais como tonturas e constipação. Para muitos, é difícil mantê-la a longo prazo.

3. Dieta Mediterrânea

Com base em frutas, legumes, grãos integrais, azeite de oliva e proteínas magras, a dieta mediterrânea é amplamente conhecida por seus benefícios à saúde cardiovascular. Embora seja menos restritiva, promove uma perda de peso gradual e sustentável, ideal para quem quer cuidar da saúde.

4. Jejum Intermitente

Alterna períodos de alimentação com jejum, o que pode ajudar a reduzir calorias e melhorar o metabolismo. Entretanto, pular refeições pode levar a episódios de fome intensa e compulsão alimentar em algumas pessoas. É essencial que seja feito com orientação e respeitando os sinais de fome e saciedade do corpo.
Conclusão

Cada dieta tem seus méritos e limitações, e o mais importante é que seja adaptada às necessidades individuais, estilo de vida e condições de saúde. Em vez de seguir dietas extremas, o ideal é adotar uma alimentação equilibrada, variada e sustentável, com o apoio de um especialista para acompanhar o progresso e evitar possíveis deficiências nutricionais.

A SARCOPENIA É UMA CONDIÇÃO PROGRESSIVA E DEGENERATIVA CARACTERIZADA PELA PERDA DE MASSA MUSCULAR ESQUELÉTICA, FORÇA E DESEMPENHO FUNCIONAL ASSOCIADOS AO ENVELHECIMENTO, AFETANDO A QUALIDADE DE VIDA, E A FUNCIONALIDADE DOS INDIVÍDUOS, ESPECIALMENTE OS IDOSOS.
Apesar de menos comum, a sarcopenia em jovens pode surgir devido a diferentes causas e apresentar implicações significativas para a saúde. Fatores como um estilo de vida sedentário, má nutrição, presença de doenças crônicas, podem afetar negativamente a saúde muscular, mesmo em idades mais jovens, e fatores genéticos também podem desempenhar um papel na predisposição à sarcopenia, independentemente da idade. Por se tratar de um processo natural do envelhecimento, é importante pontuar que sarcopenia não tem cura, mas tem controle e o quanto antes iniciar o tratamento, maior são as chances de sucesso.
O envelhecimento natural desencadeia alterações no sistema muscular, incluindo uma diminuição na síntese de proteínas e uma resposta inflamatória mais pronunciada, contribuindo para a perda muscular característica. As mudanças hormonais também desempenham um papel crucial, visto que a diminuição nos níveis de hormônios como testosterona, hormônio do crescimento e IGF-1 compromete a capacidade de regeneração muscular. A inatividade física, um estilo de vida sedentário, a má nutrição, caracterizada pela ingestão inadequada de proteínas, calorias e nutrientes essenciais, desempenha um papel relevante, assim como a presença de condições inflamatórias crônicas, que aceleram o processo de perda muscular.
Além disso, alterações no sistema nervoso, como a diminuição do número de motoneurônios e a eficiência reduzida das sinapses neuromusculares, contribuem para a perda de função muscular. Doenças crônicas, como câncer, insuficiência cardíaca e doenças renais, podem causar ou agravar a sarcopenia, tornando a condição ainda mais multifatorial.
O PRINCIPAIS SINTOMAS:
Perda de Massa Muscular, especialmente nos membros inferiores e superiores.
Fraqueza Muscular e resistência, levando a dificuldades na realização de atividades diárias que exigem esforço físico.
Dificuldades de mobilidade, como dificuldades ao levantar-se de uma cadeira, subir escadas ou caminhar longas distâncias.
Alterações na Composição Corporal, com aumento da proporção de gordura e diminuição da massa muscular magra.
AS PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS:
Risco de Quedas e Fraturas; Comprometimento da Função Metabólica; contribuindo para a resistência à insulina e aumentando o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2.
Redução da Qualidade de Vida; Agravamento de Doenças Crônicas, como doenças cardíacas, respiratórias e renais, tornando a gestão dessas condições ainda mais desafiadora.
Hospitalizações Prolongadas e Reabilitação; Aumento da Mortalidade especialmente em idosos, destacando a importância da prevenção e intervenção precoce.
PREVENÇÃO:
Adotar um estilo de vida saudável que inclua estratégias específicas para preservar a massa muscular e promover a manutenção da força e função muscular. Aqui estão algumas orientações:
EXERCÍCIO REGULAR: especialmente exercícios de resistência, como levantamento de pesos, treinamento de força e exercícios funcionais, é fundamental para estimular o crescimento muscular e manter a força. Incluir exercícios que melhorem o equilíbrio e a coordenação pode ajudar a prevenir quedas e lesões, especialmente em idosos.
PROTEÍNA ADEQUADA NA DIETA: É essencial para fornecer os aminoácidos necessários para a síntese muscular. Incluir fontes de proteína magra, como carne magra, peixe, ovos e laticínios. O uso de suplementos proteicos como o whey protein, também pode ser interessante, principalmente para os idosos com problema de mastigação e deglutição.
NUTRIÇÃO BALANCEADA: Manter uma dieta equilibrada, rica em vitaminas e minerais, é crucial para apoiar a saúde muscular. Certificar-se de obter nutrientes essenciais, como vitamina D, cálcio, creatina, ômega 3 e antioxidantes.
Controle do Peso Corporal: O excesso de peso pode colocar uma carga adicional nos músculos e articulações, enquanto a falta de peso pode contribuir para a perda muscular.
GERENCIAMENTO DE DOENÇAS CRÔNICAS: Controlar e gerenciar condições médicas crônicas, como diabetes, doenças cardíacas e respiratórias, são importantes.
Ao adotar essas práticas preventivas, indivíduos podem contribuir significativamente para a preservação da massa muscular e da função muscular ao longo do tempo. É importante ressaltar que a prevenção da sarcopenia é mais eficaz quando implementada desde idades mais jovens, mas benefícios significativos podem ser obtidos em qualquer estágio da vida, pois merece atenção e cuidado. À medida que a população envelhece, compreender e abordar essa condição torna-se essencial para promover o envelhecimento saudável e manter a autonomia e a qualidade de vida dos idosos. A implementação de estratégias preventivas e a busca por tratamentos eficazes. Não deixe de procurar ajuda.