Em 14 de março corrente, foi realizada coleta de preços envolvendo os dois maiores supermercados de Palmas, intitulados Supermercado 1 e Supermercado 2. Também foram realizados em 14 de janeiro e 14 de fevereiro, verificaram-se preços – considerou-se o menor valor de cada produto, salvaguardando pesos, medidas e tipos de produtos (ver tabela). Os levantamentos in loco foram realizados pela Contadora Ana Magalhães.
Considerando os preços levantados nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2022: a variação inflacionária foi + 5,8%, março em relação a janeiro e + 1,9% março em relação a fevereiro, sobre o preço médio entre os 20 produtos abaixo. Comparando esse aumento ao IPCA do IBGE, que mede a inflação real do Brasil, o valor oficial da inflação em janeiro e fevereiro de 2022 foi 1,64% e a variação da Cesta Básica de Palmas foi praticamente 3,5 vezes maior à inflação oficial do Brasil. A tabela demonstra preços em reais dos 20 produtos essenciais às comunidades mais carentes:
Os produtos que mais aumentaram em março foram: arroz, feijão, sal, óleo, macarrão, café, leite, ovos, tomate, cebola e manteiga. A inflação de alimentos é mais alta que a oficial (IPCA) porque nesta última constam outros componentes e índices percentuais. Na coluna “Blumenau”, com os mesmos produtos cotados em três supermercados do município, o valor é 26,2% maior que Palmas.
As variações de preços dos supermercados 1 e 2 percebeu-se que os preços do supermercado 1 foram mais baratos nas maiorias dos itens com exceção da batata, tomate, cebola, manteiga e papel higiênico. Comprando os mesmos itens, o custo do supermercado 1 é R$ 127,47, enquanto no 2 é R$ 141,19. Assusta a diferença de preços entre a média dos dois maiores supermercados de Palmas versus os três de Blumenau.
A inflação prevista para 2022 é algo próximo a 10%. Se os preços da alimentação continuarem no atual ritmo, a inflação pode chegar a 40%. Só para lembrar, os absurdos aumentos dos combustíveis provocarão ainda mais a elevação inflacionária.
