HIPERTENSÃO NÃO MATA?!

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Acadêmica: Lauana Silveira de Lima

  Você sabia que o que mata não é a hipertensão, mas sim as consequências que ela gera no organismo se não devidamente tratada? Segundo a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), as doenças cardíacas são uma das principais causas de mortes no mundo desde os anos 2000, tendo elas como um dos fatores propulsores a Hipertensão Arterial (HA). 

A Hipertensão Arterial (HA), pode se originar no sistema orgânico de um indivíduo a partir de múltiplas causas, como: fatores emocionais, ligados principalmente ao estresse diário, fatores genéticos, sedentarismo, obesidade/sobrepeso e a falta de uma vida saudável ligada à prática de atividades físicas irregulares ou quase inexistentes (CAMARGO et al. 2021). Essas condições podem levar o indivíduo à HA, predispondo-o a riscos mais graves, levando-o, por exemplo: a um infarto, a insuficiência cardíaca e/ou renal, a um AVC (Acidente Vascular Cerebral – o conhecido derrame) e até mesmo ao rompimento de alguns vasos sanguíneos ópticos que podem levar à cegueira (BRUNNER, 2012 apud FUKAHORI et al., 2017).

Estima-se que apenas 23% dos hipertensos diagnosticados controlam a doença através de medicamentos e acompanhamento médico, enquanto que, a grande maioria ou abandona o tratamento ou nem ao menos o fazem (dados retirados da capital do Rio de Janeiro) (FUKAHORI et al., 2017).

A falta de atividade física associada ao sedentarismo, ao sobrepeso e à obesidade está diretamente relacionada a maioria dos casos diagnosticados de Hipertensão. Entretanto, segundo Franco (2020) “a Hipertensão Arterial é um dos principais fatores de risco modificáveis para doenças cardiovasculares […] tornando evitáveis tanto o desenvolvimento da doença quanto o óbito”, ou seja, o aumento e a efetividade da prática de atividades físicas feitas regularmente afastam e previnem o aumento da pressão arterial, bem como os riscos que esta pode acarretar ao indivíduo hipertenso.

Hipertensão não mata, mas pode submetê-lo a outros riscos que podem o levar a óbito! Esta doença é de tão fácil diagnóstico quanto de prevenção e tratamento. Para isso, atente-se em sua morada, seu corpo. Cuide de si e de sua família. Mude seus hábitos alimentares, pratique atividades físicas ao menos três dias da semana e incentive quem vive com você. Mas para isso, lembre-se de buscar os profissionais certos. Um profissional da Educação Física pode te ajudar tanto quanto um médico, prescrevendo uma rotina de exercícios que ajudarão a melhorar a sua qualidade de vida.

REFERÊNCIAS:

  • FUKAHORI, S. A. S.; NASCIMENTO, C. G. M.; ALMEIDA, S. L. S.; CABRAL, J. V. B. Fatores de risco associados à hipertensão arterial em idosos. Revista Brasileira de Educação e Saúde, (Pombal – PB, Brasil), v.7, n.1, p.36-42, jan-mar, 2017.
  • CAMARGO, J. S. A. A. et al. Prevalência de obesidade, pressão arterial elevada e dislipidemia e seus fatores associados em crianças e adolescentes de um município amazônico, Brasil. J Hum Growth Dev. 2021; 31 (1):37- 46.
  • FRANCO, R. J. S. A atividade física no presente pode ser a receita para evitar os males da obesidade e hipertensão no futuro. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 115 (1), julho 2020.

Artigo desenvolvido no Componente Curricular: Fisiologia do Exercício, disciplina do Curso de Educação Física do Instituto Federal do Paraná – Campus Palmas

Docente responsável: Aluísio Menin Mendes